Após severa estiagem em 2020, cidades do Paraná registram chuvas acima da média histórica esperada para o mês de janeiro, conforme a técnica em meteorologia, Patrícia Vieira.
De acordo com dados levantados pela Somar Meteorologia, de 1º a 31 de janeiro, o maior volume de chuva no Paraná foi registrado no litoral, em Paranaguá, com 554 milímetros. Isso representa 53% acima da média.
No oeste do Paraná, Foz do Iguaçu registrou 508 milímetros de chuva, 244% a mais do que era previsto para chover na cidade em janeiro. Isso ajudou a aumentar a vazão nas Cataratas do Iguaçu, que passou dos 3,6 milhões de litros por segundo.
Reservatórios
De acordo com Patrícia, o período com muitas chuvas foi bom para aumentar nível dos reservatórios.
Entretanto, os mananciais não se recuperam totalmente em apenas um mês. Em Curitiba e região, por exemplo, os moradores ainda enfrentam o racionamento de água.
De acordo com a Sanepar, os reservatórios da Região Metropolitana de Curitiba estão com 46,8% da capacidade.
Tempo
Conforme a especialista, o grande volume de chuva é reflexo de algumas mudanças. O ano de 2021 começou sob o fenômeno La Niña no Oceano Pacífico, que responsável pelas águas mais frias do que o normal nesse oceano.
No entanto, a formação de bloqueios atmosféricos persistentes no Pacífico mudou a posição dos sistemas meteorológicos tropicais um pouco mais para o sul do país e impediu o avanço de frentes frias para o sudeste, conforme Patrícia.
A técnica em meteorologia também explica que, além disso, a água do mar do Oceano Atlântico está um pouco mais quente do que o normal.
Dessa forma, tudo isso resultou com chuvas mais frequentes nos estados do sul do Brasil, que seria normal observar em um verão típico de La Niña.
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