O papa Francisco celebrou nesta quarta-feira (17) a missa da Quarta-Feira de Cinzas, que dá início ao período da Quaresma na Igreja Católica, e convidou os fiéis a usarem esse período para refletirem sobre os caminhos adotados em suas vidas.
“A Quaresma não é uma coleção de flores, mas discernir para onde o coração está orientado. Tentemos nos questionar: para onde me leva o navegador da minha vida, para Deus ou para o meu eu? Vivo para agradar ao Senhor ou para ser notado, louvado, preferido no primeiro lugar e assim por diante? Estou bem com minhas hipocrisias ou luto para libertar meu coração das duplicidades e das falsidades que o aprisionam?”, questionou o pontífice durante a homilia.
Segundo Francisco, o período de 40 dias é um “êxodo da escravidão para a liberdade” e que “na vida, sempre teremos coisas a fazer e desculpas para dar, mas agora é tempo de regressar a Deus”.
Citando a travessia de 40 anos que “o povo de Deus” usou para caminhar pelo deserto e deixar o Egito, Jorge Mario Bergoglio lembrou que todos “sempre se sentiam tentados a voltar para trás”.
“O mesmo se passa conosco, pois a viagem de regresso a Deus é dificultada pelos nossos apegos doentios, impedida pelos laços sedutores dos vícios, pelas falsas seguranças do dinheiro e da ostentação. Para caminhar, é preciso desmascarar essas ilusões”, acrescentou o líder católico.
A missa desta quarta-feira foi restrita a cerca de 100 fiéis na basílica vaticana, seguindo as regras sanitárias de distanciamento social e de uso obrigatório de máscaras. Também o rito da imposição das cinzas foi alterado, dessa vez em todo o mundo, para que os sacerdotes não falem com cada fiel que recebê-las.
Por determinação do próprio Papa, o padre fala a fórmula “Convertei-vos e crede no Evangelho” ou “Lembra-te que és pó da terra e à terra voltarás” uma vez apenas e depois faz o ato das cinzas em silêncio.
ANSA BRASIL
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