Casal morre por Covid-19 em intervalo de 24 horas, no Paraná: ‘Uma dor que não estamos suportando’, diz família

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Andréa Silva Pereira Putini, que tinha 49 anos, e Rodrigo Camargo Putini, que tinha 44 anos, eram casados e morreram por causa da Covid-19 com menos de 24 horas de diferença, no interior do Paraná, segundo a família.

A esposa morreu na quarta-feira (10), em Cascavel, no oeste do estado, onde moravam. Por falta de leitos na cidade, o marido foi transferido para Ubiratã, a cerca de 80 quilômetros de distância, onde faleceu na quinta-feira (11). A família do casal contou que Andréa e Rodrigo estavam juntos por quase duas décadas. Eles deixaram um filho de 13 anos, que está sendo cuidado pelos familiares.

Ambos foram sepultados no mesmo cemitério, em Laranjeiras do Sul, na região central do estado.

Os dois se conheceram na casa de amigos em Curitiba, se apaixonaram e se casaram. Depois de Andréa passar por uma gravidez de risco, o casal realizou o sonho de ter um filho.

“Rodrigo e a Andreia sempre estavam sorrindo, nunca vi eles reclamando de nada. Nunca vi eles falando mal de alguém. Tudo o que eles podiam fazer pelo filho, eles faziam. É uma família abençoada e que não deveria ter partido. Isso não deveria ter acontecido e estragado isso. Mas a gente não pode fazer só a nossa vontade. Deus, de certo, queria eles pra trabalhar lá em cima com Ele, pra ajudar a cuidar de nós, porque a coisa não está sendo fácil.”

A família contou ser grata pelo apoio dos fiéis da igreja evangélica que o casal frequentava. Além disso, agradeceram os profissionais da saúde que fizeram tudo que podiam para cuidar do casal.

Thaiz contou que os primos eram dedicados na educação do filho e ensinaram sobre os cuidados para prevenir a infecção do novo coronavírus, mas, infelizmente, acabaram contaminados.

A família suspeita que Andréa possa ter sido infectada em uma das escolas estaduais que trabalhava, pois precisou participar de algumas atividades presenciais no início do ano letivo.

Os dois foram diagnosticados com a doença pela segunda vez em janeiro de 2021. A primeira infecção havia acontecido em agosto de 2020, segundo o primo Hugo Jean Camargo Martins.

Após o internamento deles, o quadro de saúde de ambos piorou rapidamente.

A família tentou evitar que Rodrigo soubesse que a esposa havia morrido, com receio de que o quadro dele piorasse ao saber da perda.

Entretanto, Hugo contou que foi inevitável saber da morte de Andréa, pois mesmo sem autorização da família, a informação foi divulgada na internet.

Antes de ser encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Rodrigo soube que Andréa perdeu a luta para a Covid-19 pela publicação de terceiros.

Andréa era natural do Recife (PE), e por causa da pandemia a família dela não pode se despedir da professora no Paraná.

G1

Foto arquivo pessoal

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