Moradores e turistas poderão pagar até R$ 120 para visitar o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, após a nova concessão dos serviços na Unidade de Conservação (UC), programada para novembro de 2021.
A alteração da tarifa está prevista no contrato do novo modelo de concessão, que passou por consulta pública por um mês e ainda será analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Até o momento, os valores dos ingressos variam conforme o público, de acordo com portaria do governo federal. Veja abaixo.
Tarifa atual
- Brasileiros: R$ 30
- Mercosul: R$ 66
- Estrangeiros: R$ 83
- Moradores de Foz do Iguaçu e região: R$ 17
Conforme previsto em contrato, a próxima empresa que vencer a licitação não dependerá de portarias para definir a tarifa do parque, como ocorre atualmente.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que é a autarquia federal ligada ao Ministério do Meio Ambiente, é responsável pela gestão e a proteção de espécies da unidade.
Segundo o ICMBio, o projeto de concessão mudou os critérios de definição da tarifa porque acredita que isso irá beneficiar os usuários, pois a concessionária terá mais flexibilidade para fazer promoções.
Discussão
A medida sobre o valor do ingresso gerou discussão durante a audiência pública em Foz do Iguaçu e no período da consulta pública.
A Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, a Prefeitura de Foz do Iguaçu, o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz) questionaram alguns pontos do novo modelo de concessão.
Por isso, os representantes apresentaram um documento com sugestões, que foi entregue ao ICMBio e enviado à comissão de meio ambiente da Câmara dos Deputados e à frente parlamentar do legislativo.
A Prefeitura de Foz do Iguaçu e demais órgãos representantes destacaram que a criação de uma tarifa única de ingresso, de R$ 120, poderá inviabilizar o atual passe comunidade, definido por portaria, que cobra R$ 17 para o ingresso dos moradores de 14 cidades lindeiras à unidade da conservação.
Concessão
O novo projeto de concessão tem o prazo de 30 anos e foi elaborado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Ele prevê a criação de mais pontos visitação e melhorias no transporte.
Segundo o ICMBio, o novo modelo está sendo discutido porque uma das concessões atuais, a da empresa Cataratas S/A, termina em novembro de 2021.
Atualmente, essa empresa é responsável pelos serviços de bilheteria, estacionamento, lojas de souvenir, lanchonetes e transporte, além de espaços comerciais e restaurante. A concessão dela tinha duração de 20 anos, mas foi prorrogada por mais um ano por causa da pandemia.
O projeto de concessão começou a ser estudado no final de 2020, e a consulta pública terminou na quinta-feira (27).
As sugestões recebidas pela comunidade, representantes e autoridades serão analisadas antes do fechamento do edital.
G1
Foto: Christian Rizzi
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