IDR-Paraná orienta sobre formas para controlar formigas cortadeiras na agricultura

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Na região Noroeste do Paraná, a formiga cortadeira, a saúva, já é considerada uma praga de difícil controle. Ela aparece na maioria das propriedades, causando prejuízos para diversas culturas. Para auxiliar no combate, os extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater, o IDR-Paraná, prestam orientações a todos os produtores interessados em fazer o manejo adequado. Os especialistas reforçam que se por um lado é impossível acabar com elas, esse manejo torna viável o convívio com as saúvas. Informação e técnicas apropriadas são fundamentais para lidar com o problema. O manejo de formigas cortadeiras é obrigatório no Paraná, conforme lei estadual de 1995.

No município de Umuarama, por exemplo, o IDR-Paraná mantém uma Unidade de Referência onde os agricultores da região podem conhecer desde as espécies de formiga, características dos formigueiros, até as práticas para eliminá-los. Todo produtor deve iniciar o combate da formiga cortadeira tão logo observar o surgimento dos insetos na propriedade. De maio até julho, época de temperaturas mais amenas, as formigas ficam mais ativas na superfície do solo em busca de alimento. Nesse período é indicado o uso de iscas. Já no verão, sob altas temperaturas, elas se recolhem para o interior do formigueiro, o que exige o controle nos horários de temperaturas amenas.

O tamanho do formigueiro é definido multiplicando-se o maior comprimento pela maior largura da área de terra solta. O controle com pó químico é indicado para ninhos com até dois metros quadrados, Acima disso, recomenda-se a utilização de iscas. O produtor deve seguir a dosagem prescrita no receituário e na embalagem do produto. Os técnicos recomendam que no caso de sauveiros adultos, com murunduns com altura igual ou superior a 80 centímetros, a dose seja aumentada em pelo menos 20%. As iscas não devem ser aplicadas em época de chuvas, pois a umidade destrói os grânulos e elas perdem a capacidade de atração sobre as saúvas. Temperaturas elevadas ou muito baixas também alteram a eficiência do método de controle. O que se verifica é que, no verão, as iscas são mais eficientes quando utilizadas no fim de tarde. O material deve ser distribuído nas horas em que as cortadeiras estão trabalhando, na maioria das vezes quando a temperatura é mais amena. E o produtor jamais pode tocar as iscas. Tatus, pássaros, aranhas, lagartos e tamanduás são algumas espécies que predam formigas. Os produtos líquidos para controlar os formigueiros devem ser aplicados com jatos dirigidos nos olheiros de alimentação. A dosagem depende do tamanho do sauveiro. Alguns produtos podem ser aplicados na forma de gotículas, formando uma névoa que é introduzida no formigueiro. Também existem métodos culturais que podem controlar a saúva, como as práticas de revolvimento do solo, principalmente a aração e a gradagem. Essa prática é indicada apenas para sauveiros novos.

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