Servidores do Ibama anunciam paralisação de fiscalização ambiental

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Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciaram, por meio de uma carta endereçada ao presidente do órgão, que irão paralisar as atividades. Em nota, o Ibama afirmou que Ministério do Meio Ambiente está em diálogo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos para que seja apresentado um cronograma das próximas etapas de negociação com os servidores do ministério, do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e do Serviço Florestal Brasileiro.

Os funcionários explicam que a paralisação é uma resposta direta à dificuldade nas negociações com o governo. As reivindicações são: reajuste salarial, gratificação por atividades de risco e paridade entre ativos, aposentados e pensionistas.

De acordo com a carta assinada pelos servidores, serão suspensas todas as atividades de fiscalização ambiental, incluindo “operações de fiscalização ambiental na Amazônia e em terras indígenas, como a Yanomami, vistorias de processos de licenciamento ambiental, processos autorizativos, prevenção e combate a incêndios florestais, atendimento às emergências ambientais, entre outras.”

Delton Mendes, especialista em meio ambiente, destaca que o Ibama possui papel fundamental na proteção da biodiversidade brasileiro e no cumprimento efetivo de processos de fiscalização ambiental. Por isso, ele diz que  considera a paralisação preocupante. 

“Nós temos acompanhado há anos a luta do Ibama e dos seus trabalhadores em proteger a natureza e fiscalizá-la. O contingente de trabalhadores do Ibama e de fiscais já é pequeno, mesmo com o órgão funcionando normalmente. Já temos um número reduzido de profissionais necessários para proteger nossa biodiversidade”, avalia o especialista.

Para Mendes, é importante que as reivindicações sejam trabalhadas com o governo, para evitar que o Brasil passe por mais dificuldades em relação à proteção da natureza. “O Ibama tem essa importância de nos ajudar a manter o que ainda resta de natureza, de floresta e todos os seres vivos que ali habitam, desde animais e vegetais até microorganismos. Também tem as questões envolvendo as populações que habitam essas regiões, no sentido de fiscalização, sensibilização ambiental e proteção efetiva”, completa.

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